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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Arrogância e Autoestima

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         A expressão: ‘Fulana se acha’ pode indicar que essa pessoa possui uma boa autoestima ou que é arrogante. Alguém pode ‘se achar’ por se encontrar em sua identidade ou por ‘se achar’ melhor que os outros. A linha tênue que separa a arrogância da autoestima está na autonomia.          Foto: Reprodução Alguém se machuca com uma pluma quando não possui uma pele capaz de proteger o seu interior. Utilizamos a expressão ‘carne viva’ para indicar que a pele está ausente. Poderíamos dizer que a autoestima é esse revestimento de nosso eu. É necessário não confundir pele com uma armadura artificial e muito menos com uma capa de plástico que reveste uma boneca de plástico. Ocupar-se com a opinião dos outros, por exemplo,   não é o mesmo que prestar atenção aos outros. Quando se sabe bem o próprio raciocínio sem a necessidade de saber se ele está correto, se possui a auto confiança de que ele está coerente com os seus princípios. Escutar alguém, se questionar a partir disso, porque

Nem sempre o que é bom faz bem

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         Nem sempre é fácil dizer o que pretendemos expressar a quem amamos. Temos receio de que, ao desagradarmos alguém, deixaremos de ser amados. Esse medo só é suplantado quando acreditamos que o amor seja mais forte que as decepções, não porque é masoquista, mas porque a capacidade de amar de uma pessoa se enriquece com a vida como ela é, sem disfarces. Foto: Reprodução   É comum escutarmos que pais devem propor limites na educação dos filhos. Porém, seja com filhos, com amigos ou mesmo com parceiros, tomar uma posição que não agradará o outro não é nada simples. Recusar-se a tomar uma atitude nega um limite quando esta não revela o contorno dos valores demarcados pela posição de alguém. Ser parceiro de um amigo, quando esse está doente, implica em estarmos ao lado, prestando atenção no que o agrada, pois, nesse momento, esse é o valor principal. Porém, ao percebemos que alguém que amamos está se machucando com uma relação que parece aliviá-lo das tensões, podemos ser par

O acaso vai nos proteger enquanto consumirmos tempo

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         O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído [i] . Uma banda genial como os Titãs abriu possibilidade de uma reflexão sobre as distrações e o acaso. É comum oferecermos lápis e papel para crianças que precisam esperar alguma coisa. Elas podem ser poupadas de uma frustração pela distração, quando ainda não possuem recurso interno suficiente para sustentar a paciência.  Foto: Reprodução          Há dois sinônimos para entretenimento: diversão e distração. A indústria do entretenimento cresce. Poderíamos apressadamente justificar que nos divertimos mais por possuirmos mais tempo, tanto por estarmos menos envolvidos com tarefas, como por termos conquistado uma vida com maior longevidade. Porém, é comum que a falta de tempo seja uma queixa constante.          Ingressemos na reflexão sobre o tempo, portanto. Porque motivo precisaríamos nos distrair ou realizar tarefas para passar o tempo quando ele nos parece escasso? Logo percebemos que não podemos interpretar a t

A superfície não é leve

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           O sentido das palavras empregadas, numa cultura volátil como a atual, pode ser pouco reconhecido. Alguns termos são utilizados como sinônimos a fim de criarem um mal entendido   proposital no seu uso. Destacamos aqui a palavra ‘leve’, como qualidade de relacionamentos pessoais,  pronunciada com imprudência quando  apenas significa uma superficialidade que pode denotar uma banalidade do mal [i] . Nas aulas de Física, cedo aprendemos o conceito de peso específico [ii] . Utilizaremos essa ideia como metáfora para nossa reflexão.         Imagem: site Escola Kids   Nem sempre casamento e amor estão combinados pela presença de ambos.   A palavra casamento originou-se de casa: um lugar, um abrigo, até mesmo de um botão na costura. O casamento foi institucionalizado juntamente com a ideia de propriedade: os bens materiais e os filhos. Mudança social: o tempo para que uma união siga acontecendo não acontece mais através de uma lei de obediência. O amor pôde, com o fato de o