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Mostrando postagens de dezembro, 2019

O tempo não pára

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         O tempo não pára. Quando sentimos que a velocidade de sua passagem se acelera, pode ser o alarme necessário para mudamos a nossa maneira de marcá-lo. A diferença entre um relógio e um calendário está na repetição do movimento. Sigmund Freud, em 1915, escreveu um texto curto [i] sobre uma conversa, com dois amigos, estabelecida a partir de uma caminhada num dia de verão. Ele posicionou que o valor da transitoriedade está no valor escassez do tempo e compreendeu que, por outro lado, a resistência a fazer luto pelo que é perdido pode tornar qualquer momento presente efêmero.          Calendário Egípcio : Foto Reproduação Os ponteiros do relógio retornam ao mesmo lugar, porém a data no calendário, não. Os últimos dias de um ano podem parecer dias comuns ou um dia especial, assim como qualquer momento que percebermos que não retorna. O que não é apenas descartável,   exatamente por isso, tem o seu valor.          O desejo pela imortalidade é como a inveja pela vida d

Sinto, logo existe, pode ser um engano

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         Dar valor as sensações compreende utilizá-las como ponto de partida para uma investigação. Sigmund Freud criou a psicanálise através do conceito de inconsciente que ultrapassa muito a concepção de que  a ele correspondem apenas  idéias as quais não foram dadas a devida atenção. Ele observou que o ponto de vista que possuímos de algum acontecimento pode estar confundido com fantasias, porque podemos ter fugido um dia de alguns desprazeres. Foto: Reprodução Sinto, logo existe, pode ser um engano. O sentimento existe, porém a sua fonte pode não estar naquilo que a pessoa acredita que acontece. Sinto que Fulano me frustrou: um engano, pois fui eu quem me frustrei com Fulano. Parece sutil a diferença, porém é fundamental no que se refere à liberdade de alguém diante de si mesmo. Se alguém sente uma ira ou uma angústia incontrolável por conta de uma frustração, as razões são inconscientes e não podem ser unicamente localizadas no acontecimento externo. Ao tomar posse de um