Livros

AGORA É ASSIM

A Pandemia do Coronavírus marcou a repetição da expressão ‘Agora é Assim’. A proposta do capítulo inserido no livro Psicanálise & Democracia é não sermos somente assujeitados a uma expressão que propõe um imperativo e uma negação, sem a utilização da palavra ‘não e com um verbo no presente. Como eixo de discussão, utilizamos a obra ‘O Infamiliar’ de Sigmund Freud, a partir da compreensão da distinção entre a superação das crenças e crenças suspensas. Acreditamos na morte, mesmo que não a tenhamos vivenciado. Desejamos a imortalidade daqueles a quem amamos, mas precisamos de uma sensação que nos dá o alarme de que não realizamos esse desejo, mesmo que a repetição de uma observação o acione com intensidade. A democracia é inovadora quando contempla também uma sensação infamiliar diante da desigualdade de direito. 


ENGBRECHT, Simone. Agora é Assim In MONGELÓ, A.B.C. e MANDELLI, P.A.P. (orgs). Psicanálise & Democracia. Porto Alegre: Melhorpubli Publicações. 2023. p.73-85



A PSICANÁLISE INFAMILIAR 



O ano de 2019 foi marcado pelo centenário da obra freudiana Das Unheimliche. O capítulo escrito pela autora A psicanálise infamiliar trabalha a infamiliaridade na transmissão de uma crença na realidade, excluindo o pensamento religioso.  Sigmund Freud (1919) diferenciou uma maneira de retorno do recalcado, sem a superação da crença na morte. Em sua referência a Otto Rank, o autor  tanto aproximou como diferenciou  o tema da castração ao  da morte. Construiu a hipótese de que o infamiliar é sentido quando persiste uma crença na realidade, mesmo que simultaneamente aconteça um desejo infantil onipotente que coincide com uma repetição sem vivência. A distinção entre crença de prova de realidade torna-se fundamental para a compreensão do quanto o pensamento psicanalítico, não sendo uma visão de mundo,  pode ser transmitido como peste.

ENGBRECHT, Simone. A psicanálise infamiliar. In: DÓCOLAS, J.L.; FALCÃO, C. de B.(orgs). A potência dos encontros com a psicanálise. Porto Alegre: Artes & Ecos, 2020.p.117-125.



QUANDO O AMOR SE TORNA REVOLUCIONÁRIO: o amor nos dias de hoje - O DESAFIO DA FRATERNIDADE


A fraternidade é muito mais ampla do que um laço entre irmãos de sangue. O capítulo apresenta esse conceito a partir de três eixos psicanalíticos, utilizando como exemplo três instituições. O termo foi trabalhado na diferença entre piedade e solidariedade, a partir da compreensão das identificações. O narcisismo das pequenas diferenças marcou o estudo, na obra freudiana, sobre o uso de grupos para descarga de uma agressividade. E o tema da responsabilidade diante da ideia de pertencimento a partir da renúncia à demanda paternalista foi o tema da terceira abordagem da temática.

ENGBRECHT, Simone. Quando o amor se trona revolucionário: o amor nos dias de hoje – o desafio da fraternidade. In: BRÍGIDO, M.A. da S.; HERBES, N. E.; HEIMANN, T. (orgs). Amor em Relação: reflexões sobre o amor numa perspectiva multidisciplinar. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2018. p.123-133.


SOMBRAS DA DEPRESSÃO

Esse texto contempla uma reflexão sobre o Luto e a Depressão. Freud escreveu um artigo diferenciando o luto normal do patológico em 1914. E Utilizou uma expressão para melancolia, ‘a sombra do objeto caiu sobre o ego’ a fim de apresentar o que acontece após uma perda nos casos onde o tempo não passa da mesma maneira.





ENGBRECHT, Simone. Sombras da depressão. In: WONDRACEK, K; HOCH, L. C.; HEIMANN, T. (orgs).  Sombras da Alma, Tramas e Tempos da Depressão. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2012.


APRENDENDO A LIDAR COM A DEPRESSÃO


Atualmente ouvimos falar em vazio existencial, solidão, estresse, pânico e, principalmente, depressão. A depressão é uma dor humana que necessita ser escutada, e a proposta deste livro é aprender a escutar a dor.

Numa era de tamanhos avanços tecnológicos na área da comunicação, as pessoas parecem surdas, distantes umas das outras e sempre sem tempo. Simone Engbrecht nos ensina que “quem tem pressa, anda depressa, entra em depressão”. Aí as lágrimas e o tempo não cicatrizam as feridas, pois o vazio, a angústia e a dor não permitem que a vida valha mais que a penas. Dorme-se com o pesadelo, um inimigo que leva o deprimido a julgamento. Para lidar com a depressão é preciso escutar a dor. Como? Com amor?


ENGBRECHT, Simone. Aprendendo a lidar com a depressão. São Leopoldo: Sinodal. 2001, 86p.

O AMOR NÃO É SURDO: reflexões sobre o amor

O amor não é surdo, não é preciso, não é simples, é infinito enquanto dura. Para amar é preciso apurar os ouvidos, escutar, pois amar é necessário. Ampliar a capacidade de amar é ampliar a capacidade de escuta a partir do amor. Ele não é surdo, mas é preciso mais que ouvidos para escutá-lo. É preciso ter coragem para movimentar a vida. E confiança para saber deixar a vida movimentar e amar.


Com menos receitas e mais segredos, quais são os enigmas que o amor atravessa neste novo milênio?




ENGBRECHT, Simone. O amor não é surdo: reflexões sobre o amor. São Leopoldo: Sinodal. 2008, 116p.

Postagens mais visitadas deste blog

O Antigo na Inovação

A Madrasta Da Branca De Neve Foi Naturalizada Como Alguém Que Envelhece

A Finitude o o Envelhecimento