Ando devagar
“Ando devagar, porque já tive pressa. E levo esse sorriso, porque já chorei demais.” Almir Sater Uma senhora, que utilizava o caixa de um estabelecimento comercial, explicava para o funcionário como ela fazia para que o feijão fosse feito de tal maneira a não provocar flatulência. Algumas pessoas que aguardavam na fila começaram a reclamar da demora e a senhora respondia que havia chegado a sua vez. Foto: Reprodução Essa cena cotidiana é marcada por dois personagens que se acusavam mutuamente de egoísmo: quem esperava não respeitou o momento da senhora conversar com o atendente e ela, por outro lado, não se preocupou com o tempo de espera de quem estava atrás dela. Essa parece agora a pressa que faz chorar e sofrer, a falta de respeito em relação ao outro. A pressa por chegar a sua vez na vida, como se para a chegada da felicidade, todos estivessem em uma fila única. Mesmo que o conselho mais ouvido na atualidade seja que não devemos ter pressa. Ainda assim